quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

you're the best i ever had

«Por muito que se separem, que se chateiem ou que se deixem de falar, vocês acabam sempre por voltar ficar juntos, e vai ser sempre assim...porque apesar de tudo vocês tem uma grande amizade»


Nunca pensei que aos 13 anos encontrasse o (grande) amor da minha vida. Tudo começou há dois anos atrás quando deixei de querer estar em casa e passei a querer ir para as traseiras do meu prédio como os outros que via da minha janela quando chegava a casa. Convenci a minha vizinha do lado que andava na minha escola e que estava sempre comigo a ir também. Era uma sexta-feira 13, supostamente o dia do azar mas para mim foi nesse dia que esta pequenina e ao mesmo tempo grande história começou. Ele chegou ao pé de mim e por estranho que pareça “confiei” naquela pessoa que eu me lembrava da minha infância e que não gostava nada. Bastou uma semana para eu saber que ele já era o meu melhor amigo e para dizer que ele era diferente dos outros rapazes que eu conhecia e isso fez-me lembrar de quando andávamos no infantário que no dia a seguir ou até horas depois de termos conhecido aquela pessoa, ela já era a nossa melhor amiga para o resto da vida. Ninguém encontra um melhor amigo numa semana, e muito menos sendo uma pessoa que não se gostava nada. Mas comigo foi assim, sempre tive tendência para gostar de pessoas que antes não gostava nada ou então para me apaixonar por pessoas que mal conheço. Acho mesmo que até gostava das pessoas porque as minhas amigas gostavam de alguém e apesar de não ser influenciável sempre senti necessidade de gostar de alguém. Então eu dizia que gostava de pessoas sem gostar realmente. No meu ponto de vista é impossível gostar-se de alguém que nem se conhece realmente ou alguém que não é suficientemente nosso amigo. Para mim o amor assim como tantas outras coisas só se completa com a amizade. No fim do verão afastamo-nos e quando estive com ele em Novembro senti-me diferente, não sei como nem porquê mas senti que naquele momento eu sentia por ele mais do que uma simples amizade mas não o amava nem algo do género, apenas gostava dele. Afastávamo-nos e voltávamos a falar e sempre que isso acontecia eu sentia-me outra pessoa. Nisto passaram-se quase dois anos sempre com altos e baixos e eu continuava a gostar dele, acho até que podia dizer que o amava, apenas com uma diferença eu já não era a mesma e ele muito menos era o mesmo. Aconteceram mil e uma coisas que me podiam fazer desistir dele e de tudo mas não, sempre houve qualquer coisa que não me deixava, eu própria não queria nem conseguia. Quando chegou Maio deste ano aproximamo-nos bastante e depois por culpa minha afastamo-nos e desta vez foi mesmo forte. Deixaste de me falar e eu aí mentalizei-me que te ia esquecer. Conheci pessoas novas e até o “esqueci” por breves instantes. Digamos que o arrumei a um canto do meu coração machucado. Soube que ele ia ser da mesma escola que eu e isso voltou a mexer comigo por muito que eu dissesse que não. Um dia fui falar com ele para lhe dizer qualquer coisa sobre o inicio das aulas, acho que era sobre as turmas e disse-lhe que sabia que ele não queria falar comigo mas que lhe queria dizer aquilo e foi então que ele me disse que já não fazia sentido estarmos assim. Voltámos a falar mas eu já não conseguia ser a mesma pessoa com ele, já não tinha aquela loucura de estar sempre a falar com ele e de ouvir as mesmas musicas que ouvia com ele, já não sentia necessidade de estar sempre à espera que ele estivesse no msn para falar com ele e mandar-lhe os nossos smiles…Até que a escola começou e eu já me sentia novamente com aquelas borboletas no estômago que tanto falam quando se referem ao amor e mais uma vez voltei a magoar-me e desta vez por um mal-entendido com uma amiga minha. Aí soube que ainda gostava dele, que ele ainda era tudo para mim. Comecei a afastar-me e já não sei como voltamos a aproximar-nos e parece que desta vez foi de vez. Não sei se foi o facto de estarmos na mesma escola, de já não sermos as mesmas pessoas ou do que quer que seja mas ao fim de dois anos consegui chegar onde tanto queria. Quem espera sempre alcança e isto é mais que certo. Quando menos se espera aquilo que tanto queremos acontece e o amor que só se completa com uma grande amizade não nasce do nada nem de um minuto para o outro, vai se fabricando, vai crescendo e crescendo e nunca atinge o seu máximo. Penso sempre que já não consigo gostar mais dele mas depois há sempre alguma coisa que me faz ama-lo mais um bocadinho. É sempre assim, ele pode até ser o primeiro amor da minha vida mas por mim seria o primeiro e o ultimo. Se pudesse ficava com ele para sempre (apesar de dizerem que o para sempre não existe, a verdade é que em tudo o que é verdadeiro existe) e nunca o deixava ir.
Dois anos são muitas horas e minutos mas quando aquilo que se sente é verdadeiro, esse tempo só faz com que cada minuto que estamos com essa pessoa seja o melhor minuto das nossas vidas. Cada minuto torna-se uma página da nossa história. Ele é deveras a pessoa que mais amo no mundo e a pessoa mais difícil que conheço mas eu cheguei até ele, isso deve valer de alguma coisa não?