sábado, 6 de novembro de 2010

24h mais minuto menos minuto

Tinham passado 24h mais minuto menos minuto desde que tinham estado juntos mas mais parecia que tinham passado 2 meses. Nunca uma ausencia de horas lhe tinha custado tanto. Ela presa em pensamentos e memórias, lembrou-se de quando era mais nova e estava numa aula de portugues com a sua professora preferida que ainda há semanas tinha voltado a ver. Que saudades daqueles tempos. Lembrou-se de quando recebeu de volta os textos que tinha escrito como trabalho e o que vinha escrito lá como nota para o aluno. Lembrou-se de quando a professora lhe tinha dito que tal como ela tambem tinha encontrado o grande amor da sua vida aos 13/14 anos e que ele tinha-lhe dado como primeira prenda uma folha de uma arvore que ainda hoje, casada com ele e já com filhos guardava num livro. Aquela folha, feia e insignificante para muitos era a primeira prova de um grande amor, o que a tornava perfeita e importantissima. Chamem.me maluca ou que quiserem por eu gostar tanto de ouvir estas histórias mas é verdade. Aquela professora percebia aquilo que aquela aluna sentia talvez melhor que ninguem. Dois anos passaram e talvez muita coisa tenha mudado nesses dois anos, apenas alguns sentimentos ficaram. É certo que esse amor ficou e ficará para sempre porque tudo o que é verdadeiro permanece eternamente, mesmo que o para sempre não exista. Hoje duvido seriamente dessa frase. Ou melhor há certos momentos em que consigo usar essa frase mas depois há sempre alguma coisa que me faz duvidar. E agora muito filosoficamente (para uma pessoa que não gosta de filosofia) um contra-exemplo ao argumento nada é para sempre eu podia usar o amor daquela rapariga, mas depois há sempre um mas, e o mas nisto tudo é, não sei o que se segue na história deles, ficarão juntos? será o amor deles eterno?
Passando à frente neste ponto da situação ou melhor retrocedendo ao inicio, a questão, ou melhor a afirmação é: no amor as horas parecem meses, daí que 24h sejam uma eternidade, em 24h muita coisa acontece, muita gente nasce e morre. E nestas 24h dava para muitas conversas, muitas trocas de olhar, frases, musicas e gargalhadas. 24h dava para muita coisa mesmo. E isto é só uma desculpa para a frustração das malditas 24h mais minuto menos minuto que passaram...
(a história continua...)